A Shonen West conversou com Vitor Moraes, mais conhecido como Vitor Bardo, autor de Jonas, o Quase Mago, que nos contou sobre sua paixão por The Legend of Zelda: "Comecei a escrever e desenhar mangá aos dez anos, quando li o mangá de The Legend of Zelda. Eu já amava o jogo, mas ver o mangá mudou minha vida. Decidi que queria fazer algo daquele jeito."
O mangaká comenta que Jonas, o Quase Mago já é sua sexta história, e que a premissa surgiu de forma divertida com seu irmão: "Jonas surgiu de maneira engraçada, eu ficava imaginando situações engraçadas de RPG com meu irmão. Nós ficávamos falando das situações e rindo. Foi assim."
O engenheiro de dados também mencionou como suas referências o ajudaram, não só na criação de Jonas, mas também de Algaia: "Dr. Slump, Dragon Ball Clássico, Gintama e Demon Slayer são grandes influências. Jonas, o Quase Mago é a minha sexta história, e Algaia foi a primeira, que ainda mantenho até hoje."
Bardo compartilhou sua visão sobre o mercado nacional de mangás e como o público brasileiro é bem diferente do japonês: "Honestamente, o mercado brasileiro é difícil. A maior dificuldade é que nosso público não trata os artistas como os japoneses tratam os deles. No Japão, você pega um mangá para ler e se divertir."
Como membro da indústria, o mangaka começou a consumir obras de autores brasileiros: "Eu mesmo comecei a ler muitos mangás e HQ 's nacionais. Tenho uma estante só deles, e tem coisas incríveis. Alguns com traços e histórias lindas, outros com traços mais modestos, mas histórias fenomenais, e alguns com traços lindos e histórias que não me pegaram. No fim, os que mais me prenderam foram os que me divertiram. Acho que falta isso na cabeça do público."
Para Bardo, o brasileiro avalia as obras nacionais usando histórias japonesas como referência, o que prejudica o consumo, já que são universos completamente distintos: "Aqui, as pessoas já pegam um mangá para fazer uma avaliação editorial completa, comparando com os japoneses, que têm mais de 90 ou 100 anos de indústria. Nosso público hoje espera que, para um brasileiro ser aceito, ele desenhe como o Yusuke Murata, sendo que nem todos os japoneses são assim."
O mangaká conclui com uma mensagem para os consumidores brasileiros: "Claro que todos nós estamos nos esforçando para melhorar as técnicas e oferecer o melhor ao público. Mas, se eu pudesse dizer algo que ajudaria o mercado como um todo, seria: leiam as histórias para se divertir. Confiem nos artistas e editores, estamos precisando de público."
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O Vitor é um cara incrível. Curto demais as histórias dele. 💙
Minha história favorita da sw!!